domingo, 10 de janeiro de 2016

RN tem 1.591 benefícios ilegais na reforma agrária


O Rio Grande do Norte tem 1.591 registros irregulares de lotes da reforma agrária. O número é resultado de uma fiscalização da Controladoria Geral da União (CGU) que fez um “pente fino” de novembro de 1983 até maio de 2014. Nesse período, foram assentadas 20.211 famílias no Rio Grande do Norte. Na outra ponta do problema estão aqueles que realmente se encaixam no perfil  esperando indefinidamente pela melhor redistribuição desse patrimônio de todos os brasileiros. Segundo o Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), cerca de 3,5 mil famílias estão na fila.

Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra) contrariou vários critérios do Plano Nacional de Reforma Agrária (PNRA): beneficiou servidores públicos, empresários, políticos, pessoas renda  acima de três salários mínimos, com deficiência física, aposentados por invalidez e até mortos. No Rio Grande do Norte, duas pessoas foram beneficiadas com  pedaço de chão depois da morte. José Gomes da Silva nasceu em 1945 e morreu em novembro de 1998. Como que por um milagre, José foi assentado pelo governo Federal em  abril de 1999. Situação semelhante se repetiu com Arivaldo Silva. Ele morreu aos 35 anos em 2002 conforme levantamento da CGU. Mas só em 2004 recebeu um lote de terra no projeto de assentamento Maisa.  

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