quinta-feira, 10 de março de 2016

Atos contra Dilma terão reforço de políticos

O ato pró-impeachment marcado para o próximo domingo, dia 13, em diversas cidades do País consolidará a mudança de rumo dos grupos responsáveis pela organização das principais manifestações, que a partir de agora estreitarão suas relações com políticos detentores de mandatos.

Se, há um ano, no primeiro grande protesto pelo impedimento da presidente Dilma Rousseff, eles eram ignorados e até rejeitados, no próximo domingo não só participaram ativamente do processo de mobilização como também irão às ruas e há até a possibilidade de discursarem em cima dos carros de som dos movimentos organizadores.

Parlamentares de oposição planejam fazer jornada dupla nos protestos deste domingo. Pela manhã querem participar dos atos em seus redutos eleitorais e, à tarde, marcar presença na Avenida Paulista, em São Paulo, onde deverá acontecer a maior e mais simbólica manifestação. É o caso do deputado Mendonça Filho (DEM-PE), que deve participar dos atos no Recife e São Paulo. 

Mendonça coordena, junto com o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) o "comitê do impeachment", criado logo após o recebimento, pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do pedido de impedimento da presidente, no início de dezembro.

Formado por parlamentares de oposição e representantes dos movimentos de rua, o comitê se reúne semanalmente em Brasília para traçar estratégias e ações conjuntas. A ideia, segundo o deputado, é integrar a atuação política no Congresso com as ações de rua. 

"A discussão em torno do impeachment chegou a um ponto de maturação que exige cada vez mais essa integração. Não há impeachment sem pressão popular, sem apoio nas ruas, assim como não há impeachment sem Congresso, porque é um preceito constitucional e democrático", afirmou ele. 

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