quinta-feira, 21 de junho de 2018

Pacientes sofrem com falta de insulina na rede pública de saúde em Natal

População sofre com a falta de insulina nos hospitais públicos de Natal (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi )

Os pacientes diabéticos de Natal estão sofrendo com a falta de insulina na rede municipal de saúde. Por causa do déficit , a população que necessita do tratamento precisa pagar, e caro, pelo medicamento. Os remédios são fornecidos pelo programa municipal de medicamentos de alto custo, comprados com recursos públicos. Nesta quinta-feira (21), três dos quatro tipos de insulina distribuídos gratuitamente estavam em falta.

As insulinas em falta são a lantus, levemir e humalog. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), houve um problema no processo de licitação e será necessária a realização de um novo contrato, que deve acontecer até a próxima semana. Depois disso, a insulina do tipo lantus deve chegar em trinta dias.

A auxiliar administrativa Angélica Oliveira precisa de quatro canetas de insulina por mês. "Em média, dá R$ 300", diz. Gésia, dona de casa, conta que desde abril não recebe o medicamento. "Passei dois meses internada porque passei três dias sem tomar a insulina, sendo 45 dias na UTI. [Fica o sentimento de] Revolta. Eu pago meus impostos então é um direito que tenho. Peço e meu esposo compra, porque estou sem trabalhar, mas quanta gente não tem? Eu mesma já doei uma porque a gente sabe a dificuldade que é", relata.

Além disso, o estoque de fraldas descartáveis também está em falta. A secretaria municipal disse que no momento só há fraldas do tamanho P e que aguarda a chegada dos outros tamanhos, que deve acontecer em 30 dias.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que a indústria que produz a insulina do tipo lantus aumentou o preço do medicamento, por isso será necessária a realização de um novo contrato. A SMS também informou que a responsabilidade de comprar a insulina do tipo humalog agora é do Estado. A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) disse que já pediu um novo lote ao Ministério da Saúde, mas não há previsão da chegada do medicamento em Natal.

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