Investigada por suspeita de pirâmide
financeira, a empresa BBom foi alvo de uma nova medida judicial. De
acordo o Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO), a companhia
tentou desviar dinheiro para outra empresa “laranja” o valor de R$ 8,6
milhões, mas a transação foi impedida por uma liminar judicial deferida,
em parte, pelo juiz Federal Juliano Taveira Bernardes, para o bloqueio
do dinheiro.
Ao descobrir a transferência, o MPF entrou com um pedido de liminar para que o dinheiro fosse bloqueado. O juiz federal Juliano Taveira Bernardes aceitou a medida no último dia 10. Com isso, os R$ 8,6 milhões foram depositados em uma conta judicial e somam-se aos outros bens da empresa que estão congelados judicialmente, que serão executados futuramente para ressarcir os investidores.
As tentativas do grupo para frustrar o cerco da justiça não se limitam ao uso de empresas “laranjas”. No mês passado, a Embrasystem tentou “sacar” parte do dinheiro bloqueado (R$ 2,5 milhões). Para tanto, Cristina Dutra Bispo, esposa do diretor de marketing do grupo, Ednaldo Alves Bispo, foi usada como laranja. “A operação só não foi realizada porque o MPF/GO conseguiu, por meio de ação cautelar incidental, impedir a fraude. Já no começo deste mês, em São Paulo, a Justiça determinou a busca e apreensão de 45 carros de luxo de propriedade da empresa e de outros quatro automóveis registrados em nome de João Francisco de Paulo, o sócio-proprietário da Embrasystem”, detalha a nota do MPF/Goiás.
Bloqueio de bens
No caso BBom, o MPF informou ainda que o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) negou provimento ao pedido de liminar no agravo de instrumento interposto pelo grupo para suspender os efeitos da liminar da Justiça Federal em Goiás que levou ao bloqueio de cerca de R$ 300 milhões em julho deste ano.
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