sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Reinserção social é desejo de 92% dos usuários

Denise Colin destaca que a vulnerabilidade social pode induzir ao consumo da droga e defende ações integradas 
 
Brasília, 19 – As ações intersetoriais e a parceria entre governo federal, estados e municípios são fundamentais para prevenir e combater o uso do crack. Essa é a avaliação da secretária Nacional de Assistência Social, Denise Colin, que participou nesta quinta-feira (19) da apresentação de pesquisas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que traçam o perfil dos usuários da droga no país e fazem uma estimativa do número de usuários nas capitais.

O levantamento, coordenado pelo Ministério da Justiça, como parte do Plano Crack, é possível vencer, revela que 80% dos usuários de crack entrevistados querem receber tratamento, e 92% querem apoio para reinserção social, como acesso a emprego e ao ensino. Para Denise Colin, a política de Assistência Social está comprometida com os usuários de crack. “As vulnerabilidades são indutores ao consumo de crack e a prevenção é condição primária no combate”, avalia.

Hoje, o Sistema Único de Assistência Social (Suas) conta com 7.725 mil Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e 2.167 Centros de Referência Especializados de Assistência Social em todos os estados. Eles ofertam serviços de acolhimento e acompanhamento para população em vulnerabilidade social e, no caso dos Creas, para os que sofreram violações de direitos. Além disso, 153 Centros de Referência Especializados para População em Situação de Rua (Centros Pop) também prestam atendimento para usuários de crack e outras drogas que se encontrem nessa situação, juntamente com as equipes de Abordagem Social.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que essa é maior pesquisa já feita no mundo com um diagnóstico do uso de crack. De acordo com o estudo, são 370 mil usuários dessa droga nas capitais e no Distrito Federal. Segundo o ministro, a pesquisa servirá para orientar os governantes na elaboração das políticas na área. “Ninguém vencerá a questão do crack sozinho”, alerta.

O estudo é um inquérito epidemiológico que visa descrever tanto as características sócio-demográficas quanto comportamentais dos usuários de crack em 26 capitais, no Distrito Federal, e em nove regiões metropolitanas e municípios de médio e pequeno porte. Dividido em dois relatórios, “Estimativa do número de usuários de crack e/ou similares nas capitais do país” e “Perfil dos usuários de crack e/ou similares no Brasil”.

Os ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), da Saúde e da Justiça trabalham de forma integrada na prevenção e combate ao crack com oferta de serviços pelo Sistema Único de Assistência Social (Suas), Sistema Único de Saúde (Sus), assim como na área de segurança pública.

Nenhum comentário:

Postar um comentário