segunda-feira, 14 de outubro de 2013

“O PMDB terá no palanque aqueles que querem fazer oposição a Rosalba”, garante Garibaldi

O ministro da Previdência, Garibaldi Filho (PMDB) disse que não tratou sobre sucessão estadual de 2014 com o presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia, durante encontro em Natal neste fim de semana. O ministro, que rompeu recentemente politicamente com a governadora Rosalba Ciarlini (DEM), reafirmou que o PMDB estará em palanque oposto ao que estiver Rosalba nas eleições do ano que vem. “Não tem fato novo, estamos conversando porque chegou a hora de ter algumas conversas, mas as definições não acontecem agora, nem serão anunciadas agora. Ainda falta muita coisa pela frente”, afirmou o ministro, momentos antes de embarcar para Brasília esta manhã.

Garibaldi afirmou que não conversou “nada definitivo” com o senador José Agripino, nem sobre chapa majoritária (governador e senador da República), nem sobre chapas proporcionais (deputados estaduais e deputados federais). “Eu não conversei nada definitivo com Zé Agripino, conversei com o senador, afinal de contas, estou ministro, sou senador, mas eu não conversei visando eleição nenhuma, nem proporcional, nem majoritária. Não posso adiantar nada e ninguém pode adiantar nada em meu nome sobre isso”, afirmou.

Instado a falar sobre o convite que fez para que Agripino participasse da inauguração de uma agência da Previdência neste final de semana em Nova Cruz, o ministro disse que não houve qualquer deferência a Agripino. “Convidei todos os parlamentares. Todos eles. Não houve convite especial nem a ele nem a ninguém. Porque houve um convite formal e reforcei por telefone. Mas aí convidei a todos, só os que estavam no exterior, como João Maia, que está na China, e Fátima Bezerra, que está na Alemanha, e não puderam ser contatados”.

Garibaldi reforçou o entendimento de que o PMDB não estará no palanque de Rosalba. “A única coisa que já há definição tomada pelo partido é que o partido terá no palanque aqueles que querem fazer oposição a Rosalba. Nós vamos estar no palanque de quem estiver na oposição ao governo estadual. Agora, tanta conversa entre DEM e Rosalba… Eu não tenho nada a ver com isso”, falou um ministro um tanto impaciente para entrar no voo.

Instado a falar se é possível PMDB e DEM se aliarem para 2014, mesmo após o rompimento do PMDB com o governo Rosalba, o ministrou soltou: “Não sei lhe responder isso, porque isso depende dos partidos. Dá a impressão de que sou dono de partido. Isso vai depender dos outros. Se Eduardo Campos, que é presidente nacional do partido, diz que vai ter muita conversa, quem sou eu para dizer isso ou aquilo”, disse.

O ministro negou que tenha convidado o ex-senador Fernando Bezerra para disputar o cargo de governador do Estado pelo PMDB. “Eu não convidei ninguém, ninguém convidou ninguém. Estamos fazendo consulta, para ver a viabilidade de cada candidatura. Não tem definição”, frisou. Segundo ele, “continua aquilo que foi colocado, e há busca em torno disso, a procura de uma solução que seja candidatura própria”. Segundo Garibaldi, “isso é a cargo de presidente do partido. Nisso aí sou coadjuvante. Não sei quando Henrique vai detonar esse processo. Não tem aliança formada. Cada partido ainda está em busca de definições”.

Sobre a filiação da ex-senadora e ex-ministra Marina Silva ao PSB, o ministro disse apenas que a última pesquisa Datafolha não mostrou alteração do cenário eleitoral para 2014. “Eu não sou analista tão credenciado, mas tem cenário se formando, pela pesquisa do Datafolha, o que se vê é que a presidente Dilma continua liderando as pesquisas. Há quem veja pesquisa com tanta antecedência, cada um vê vantagem. Como correligionário, vejo que Dilma continua em posição de liderança; não foi ameaçada”.

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