quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Secretaria contrata Cooperativa e garante cirurgias no Hospital Deoclécio Marques

Depois de 12 horas sem nenhum cirurgião geral para atender as demandas de urgência e emergência no Hospital Regional Deoclécio Marques de Lucena, em Parnamirim – fato que aconteceu durante esta terça-feira (15) -, a Secretaria Estadual de Saúde Pública, de forma emergencial, contratou serviços da Cooperativa Médica para garantir o cumprimento da escala de plantão dos médicos cirurgiões até o final do mês. 

Iniciado desde às 19h desta terça-feira até o dia 31, o contrato vai garantir a continuidade do atendimento de cirurgias que, a partir de hoje, estaria ameaçada devido à equipe de médicos do próprio hospital ter atingido o limite de plantões. Além disso, o atendimento pediátrico da unidade também está comprometido, pois a escala médica só garante o funcionamento do serviço infantil até o próximo dia 23.

Os termos contratuais firmados com a Cooperativa Médica garantem a permanência de cirurgiões em 80 plantões de 12h pelo valor individual de R$ 1.940, totalizando R$ 160 mil. Atualmente, o atendimento normal na porta de entrada conta com três médicos cirurgiões, além de dois pediatras, dois clínicos gerais e quatro ortopedistas. A diretora administrativa do hospital, Adriana Pontes, confirmou que ontem, durante o dia, a unidade ficou sem médico cirurgião geral e explicou que a contratação da Cooperativa Médica foi necessária porque os médicos do hospital ficaram sobrecarregados, devido ao pedido de exoneração de quatro cirurgiões, após a implantação do ponto eletrônico. O contrato emergencial tem validade de três meses.

Em relação ao atendimento pediátrico, Adriana Pontes afirmou que a Secretaria também estuda a possibilidade de assinar um novo contrato com a Cooperativa Médica para contratar pediatras e garantir o cumprimento da escala até o fim do mês. A escala dos clínicos está garantida até o fim do mês. “O nosso grande problema eram as cirurgias, mas conseguimos fechar a tempo com a Cooperativa e agora vamos trabalhar para não suspender o atendimento infantil”, afirmou. Ontem, apenas as cirurgias eletivas foram realizadas, num total de sete.

A diretora lembrou ainda que o Hospital Regional Deoclécio Marques de Lucena, de nível e complexidade terciário, vem tendo seu perfil de atuação prejudicado sendo, muitas vezes, utilizado como um ambulatório, responsabilidade esta que recai sobre os municípios que, por insuficiência na prestação dos seus serviços, encaminham pacientes de forma indevida à Unidade.

Desde o dia 21 de setembro, o Governo do Estado publicou no Diário Oficial do Estado (DOE), a nomeação de quatro médicos cirurgiões que, após efetivados, serão direcionados para complementação das escalas do Deoclécio Marques.


Na manhã de hoje (16), 120 pacientes estavam internados nas dependências do Hospital Deoclécio Marques de Lucena. No setor de ortopedia, 70 pacientes aguardavam atendimentos, sendo 36 ocupando todos os leitos de enfermaria, seis na clínica cirurgia e 28 pacientes nos corredores.  Em clínica médica eram 50 pacientes distribuídos nas observações, enfermarias e corredores.

Adriana Pontes disse que, por dia, surgem poucas vagas para transferir os pacientes tanto para o Hospital Memorial, quanto para o Hospital Médico Cirúrgico. Enquanto isso, diariamente o Hospital Deoclécio Marques admite uma média de oito a dez novos pacientes de ortopedia. “A demanda de ortopedia é alta, que não é só responsabilidade nossa, é do município também. Parnamirim e os municípios vizinhos têm indicadores muito alto de acidentes, principalmente de moto e toda a demanda recai sobre o Deoclécio Marques”, afirmou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário