terça-feira, 19 de novembro de 2013

José Agripino afirma que Dirceu e Genoíno não são presos políticos

O presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia, questionou na manhã desta segunda-feira as críticas dos presos José Dirceu e José Genoíno à decretação das respectivas prisões neste feriado da República. Tanto Dirceu quanto Genoíno, condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por crimes de peculato e formação de quadrilha, e presos na sexta-feira passada, apontaram a inexistências de provas contra eles e disseram que são presos políticos.

“Veja bem, o que mais causou espécie foram as declarações do ex-ministro José Dirceu, do ex-presidente do PT e deputado federal José Genoíno, que foram à Polícia Federal se entregar bradando um grito de guerra, ‘a luta continua’, com o punho cerrado, e a mão e o braço esticado, como que dizendo, ‘o PT vai continuar na sua prática, eu sou um injustiçado’. Ora, injustiçado e preso político num regime democrático comandado pelo governo do PT, o partido deles? Que prisão política e que crime político é esse praticado no regime democrático, num governo comandado pelo partido deles?”, questionou Agripino.

O presidente do DEM criticou o silêncio do ex-presidente Lula, que comandava o país na época que estourou o escândalo do Mensalão. Agripino também questionou a ausência de pronunciamento da atual presidente da República, Dilma Rousseff, ambos do PT.
“Então, o que me cabe ressaltar ou avaliar, é o seguinte: não se ouviu uma palavra do presidente Lula, ou da presidente Dilma sobre este assunto. Eles mergulharam completamente”, apontou Agripino.

No final de semana, circulou a informação de que o ex-presidente Lula teria mantido conversa telefônica com Dirceu e Genoíno no dia da decretação da prisão. Segundo relatos da imprensa, Lula teria dito “estamos juntos” aos dois petistas, que se entregaram na sexta à Polícia Federal e foram transferidos no sábado para a Penitenciária da Papuda, no Distrito Federal. Os advogados tanto de Dirceu quanto de Genoíno reclamaram de falhas no cumprimento dos regimes, já que ambos iniciariam as penas no semiaberto, o que dá o direito de trabalhar durante o dia, permanecendo trancafiado à noite. No entanto, estão presos até agora sem direito a saírem da prisão.

Para o senador José Agripino Maia, a partir de agora, a questão será saber qual PT prevalece: o da candidata à reeleição Dilma Rousseff, que silenciou, ou o dos que se julgam presos políticos injustiçados.
“A pergunta que vai se colocar e não quer calar é: O PT é o PT dos condenados pelo Mensalão, e que dizem que a luta vai continuar, ou é o PT da candidata a presidente que não fala nada. É o PT, por exemplo, dos ‘presos políticos’, ou é o PT da presidente que não fala nada sobre este assunto? Você tem o PT que tem candidato e o PT que tem preso político, que se julga injustiçado e que diz que a luta vai continuar”, critica e ironiza o potiguar.

Para José Agripino, as prisões dos condenados no Mensalão não são politicas porque foram aplicadas com base na decretação à unanimidade dos membros da Corte Suprema judicial brasileira. “Em 2014, você vai fazer uma opção: pelo PT que tem uma candidata a presidente, ou pelo PT que tem presos políticos – como eles dizem. Ou presos mediante crimes que não foram nada políticos, e que foi por unanimidade aplicada a decretação de uma prisão pela unanimidade dos membros do Supremo? Essa é que é a grande questão”, finalizou o democrata.

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