sexta-feira, 11 de abril de 2014

Mosquito transgênico é liberado para combater a dengue no Brasil


A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou nesta quinta o pedido de liberação comercial de mosquitos transgênicos contra a dengue, desenvolvidos por uma empresa britânica, chamada Oxitec. Os mosquitos são geneticamente modificados para serem estéreis, de modo que, ao copularem com as fêmeas de Aedes aegypti na natureza, bloqueiam a reprodução da espécie. Testes realizados em dois bairros da cidade de Juazeiro, na Bahia, resultaram em uma redução de até 90% do número de insetos transmissores da dengue nessas localidades.

Os mosquitos transgênicos da Oxitec têm um gene a mais em seu DNA que faz com que seus descendentes morram antes de chegar à fase adulta, ainda no estágio de larva. Apenas mosquitos machos são produzidos, pois são apenas as fêmeas que picam as pessoas e transmitem a dengue (dessa forma, evita-se acrescentar mais mosquitos com potencial para transmitir a doença no ambiente).
A estratégia, basicamente, é liberar grandes quantidades desses mosquitos transgênicos na “natureza” (mais especificamente, nas áreas urbanas onde a dengue é um problema), em  número muito maior do que o de machos selvagens, de forma que os transgênicos estéreis tenham uma probabilidade muito maior de copular com as fêmeas daquela população e, assim, a reprodução da espécie seja suprimida.

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