terça-feira, 15 de abril de 2014

Telexfree é pirâmide financeira, diz investigação realizada nos EUA

A Telexfree é uma  pirâmide financeira que arrecadou US$ 1,2 bilhão em todo o mundo, concluiu uma investigação realizada por um órgão do governo de Massachusetts, onde fica a sede da empresa.
A investigação pede o fim das atividades do negócio no Estado, a devolução dos lucros obtidos e o ressarcimento das perdas causadas aos investidores, chamados de divulgadores.
A Telexfree americana, como ficou conhecida entre os associados, havia emergido como alternativa depois que o negócio foi bloqueado no Brasil também sob a acusação de ser uma pirâmide.
“Apresentada como uma mudança de paradigma nas telecomunicações e em anúncios, a Telexfree é meramente uma pirâmide e um esquema Ponzi [um tipo de pirâmide financeira] que tem como alvo a trabalhadora comunidade brasileiro-americana”, informa a reclamação administrativa divulgada nesta terça-feira (15) pela Comissão de Valores Mobiliários da comunidade de Massachusetts, um órgão do governo local.
O esquema permitiu que o grupo, criado pelo brasileiro Carlos Wanzeler e pelo americano James Matthew Merrill,  arrecadasse mais de US$ 1,2 bilhão em todo o mundo  ”muitas vezes ganhos e economias honestas de brasileiro-americanos e outros grupos minoritários.”
Segundo a investigação, o financiamento do esquema Telexfree vem do recrutamento de mais gente para a rede – como num clássico sistema de pirâmide financeira – e não da venda de pacotes de telefonia VoIP, como sempre defenderam seus representantes.
Do US$ 1,2 bilhão que o grupo faturou de janeiro de 2012 a fevereiro de 2013, apenas US$ 238 milhões — ou cerca de 20% – vieram da venda de pacotes VoIP.

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