quinta-feira, 3 de julho de 2014

CPI da Petrobras ignora Pasadena e PT aposta em pizza

É tão expressivo o número de políticos citados na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, cujos autos foram disponibilizados à CPI Mista da Petrobras, que o PT agora aposta no desinteresse dos próprios partidos em aprofundar investigações. 

Dirigentes petistas alegam que, por se tratar de uma CPMI ampla e “sem foco”, os partidos dificilmente vão trazer à tona denúncias que os prejudiquem em pleno ano eleitoral.

Os políticos e os empreiteiros que os financiam celebram a Copa do Mundo, que despachou a CPMI da Petrobras para plano secundário.

CPI DA PETROBRAS  IGNORA PASADENA: Em audiência da CPI da Petrobras no Senado nesta quarta-feira,  a diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, não foi questionada uma só vez sobre a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, pela petroleira brasileira. 

A própria Petrobras já reconheceu um prejuízo de US$ 530 milhões no negócio, mas os parlamentares da base aliada preferiram questionar a diretora sobre questões menores – como a maneira como plataformas de petróleo são fiscalizadas no mar.

Magda repetiu uma apresentação já feita em audiências públicas de comissões de trabalho do Congresso a respeito da fiscalização da atividade exploratória nos oceanos, realizada pela ANP em conjunto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Ministério do Trabalho e a Marinha do Brasil.

Apenas dois senadores fizeram perguntas à diretora-geral da ANP. O relator da CPI, José Pimentel (PT-CE), insistiu no tema da segurança das plataformas marítimas de exploração de petróleo, com perguntas que já haviam sido esclarecidas na apresentação inicial feita por Magda. 

Já a senadora Vanessa Grazziotin (PcdoB-AM) apenas enalteceu o trabalho realizado pela ANP e perguntou sobre a segurança da informação dos banco de dados da agência. 

Diário do Poder

Nenhum comentário:

Postar um comentário