terça-feira, 8 de julho de 2014

Investigado, sócio da Telexfree tenta ser candidato a deputado federal

Investigado civil e criminalmente no escândalo Telexfree, Carlos Roberto Costa registrou candidatura a deputado federal pelo Partido Republicano Progressista (PRP) no Espírito Santo. A Justiça Eleitoral ainda precisa aprovar o pleito.
A Telexfree é acusada de ser a maior pirâmide financeira da História do Brasil, com mais de 1 milhão de membros, montada sob disfarce de marketing multinível. Em todo o mundo, o negócio teria movimentado cerca de R$ 2,7 bilhões, segundo uma investigação norte-americana.
Caso eleito, Costa  – que é um dos donos da Ympactus, braço brasileiro da Telexfree – passa a ter direito a foro privilegiado, o que o levaria a ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O empresário também poderia, caso a Corte receba algum processo contra ele, renunciar ao mandato para ser julgado como cidadão comum – o que retardaria o andamento do caso.
“No momento em que ele é empossado, passa a ter direito a foro privilegiado, da mesma forma em que, se perde ou deixa o cargo, perde direito ao foro”, diz o advogado Euro Bento Maciel Filho.
Atualmente,  Costa é alvo de investigação criminal da Polícia Federal no Espírito Santo e réu na ação civil pública em que o Ministério Público local (MP-AC) pede a extinção da Telexfree no Brasil, acusando-a de ser maior pirâmide financeira brasileira, e a devolução dos recursos aos divulgadores, como são chamados os que investiram dinheiro no negócio.
Costa teve bens congelados a pedido do MP-AC, mas recebeu R$ 6,6 milhões após esse bloqueio, segundo depoimento dos fundadores da empresa à Secretaria de Estado de Massachussetts, onde fica a sede do grupo.
À Justiça eleitoral, Costa declarou ter R$ 13 milhões, sendo R$ 300 mil pela parcela que detém na Ympactus no Brasil.

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