quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Garibaldi defende agenda legislativa para salvar o futuro da Previdência

Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), em 2050 o déficit do Regime Geral de Previdência Social deverá chegar a 3 trilhões de reais. Para cobrir tal diferença, as contribuições previdenciárias sobre a folha de pagamento teriam que subir dos atuais 32% para 86%. Ao mostrar estes números para o Plenário do Senado, o senador Garibaldi Filho defendeu a adoção de uma agenda legislativa que diminua a crescente pressão que a Previdência Social brasileira vem exercendo sobre o Orçamento público.

“Não podemos nos iludir. Não podemos ignorar os alertas. Não podemos desconsiderar a experiência internacional. É preciso decidir, enfim, que tipo de Previdência Social e de país essa geração que agora se aposenta vai querer deixar de herança para seus filhos e netos. Não podemos negar a dura realidade de que a Previdência Social está sugando recursos que poderiam alimentar políticas públicas destinadas a grupos sociais até mais vulneráveis, como a infância, por exemplo, ou setores como a educação, a saúde ou o saneamento básico”, afirmou Garibaldi Filho.

Na avaliação do senador, que até o final do ano passado ocupou o cargo de ministro da Previdência Social, a idade média para concessão da aposentadoria no Brasil – de 54 anos — vai na contramão da grande maioria dos países do mundo, onde essa idade é de 65 anos, independentemente do sexo. Aliado a isso, acrescentou, que a população mundial está envelhecendo: as pessoas estão morrendo mais tarde e tendo menos filhos. Segundo a Organização das Nações Unidas, os idosos serão mais de um quinto da população mundial em 2050; sendo que 80% deles estarão vivendo em países não desenvolvidos.

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