segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Produção no Estado é insuficiente



O governo do Rio Grande do Norte foi procurado pela Petrobras em agosto para discutir a reativação do programa de biodiesel e admitiu que, apesar dos esforços dos produtores, o estado não conseguirá suprir a demanda da usina de biodiesel de Guamaré. “Temos potencial para produzir muita coisa, mas ainda não temos condições de garantir a produção da usina”, reconheceu Tarcísio Bezerra, secretário interino de Agricultura do RN.

A estatal preferiu não comentar o fato e se limitou a afirmar que “quando entrar em operação comercial, a unidade utilizará matérias-primas competitivas, considerando possibilidades de suprimento local e regional”.

A usina produzirá 20 milhões de litros de biodiesel por ano. O volume que será necessário para abastecê-la não foi revelado. Para atender a demanda, o estado terá, na avaliação de Bezerra, que  estruturar a cadeia produtiva. “Estamos pensando em convocar as cooperativas e associações para discutir o assunto”.

Antônio Carlos Magalhães, coordenador agropecuário da Secretaria, frisa que a participação dos potiguares no volume fornecido à Petrobras só atingirá um patamar satisfatório se os médios e grandes produtores forem incluídos na lista dos fornecedores de matéria-prima.

“O programa de biodiesel exige uma produção em larga escala. E não dá para ter essa produção sem incluir os médios e grandes produtores do semiárido. Se eles não forem incluídos, não conseguiremos suprir a demanda da usina”, observa.Alargar a base de fornecedores, no entanto, de nada valerá, se a estatal não oferecer um preço justo pela produção. “Sem um preço justo o programa será nati-morto; morrerá antes mesmo de nascer”.

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