A construção civil já reduziu em cerca 60% o número de pessoas ocupadas, entre o primeiro semestre de 2014 e o mesmo período deste ano. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são 53 mil trabalhadores a menos nos canteiros de obra – maior redução entre as atividades no estado.
No mesmo período de 2014, 137 mil pessoas estavam trabalhando no setor da construção civil no Rio Grande do Norte. Dados atuais apontam que cerca de 84 mil pessoas se encontram atuando no setor. "Uma das grandes vantagens da construção civil é aborção de pessoas com menos qualificação profissional. Estas pessoas podem se dirigir para a informalidade", comenta Ivanilton.
Os dados se referem a pessoas com 14 anos ou mais e estão na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), que traz informações completas sobre o mercado de trabalho para Brasil, grandes regiões e unidades da federação. Os dados revelam um cenário desafiador, diz Ivanilton Passos, economista e supervisor de Disseminação de Informações do IBGE/RN.
O economista comenta ainda que o mercado potiguar registra a maior taxa de desemprego do Brasil desde o quarto trimestre de 2014 e permanece entre os estados com piores índices, pelo menos, nos últimos três anos.
No ano passado, por exemplo, a taxa de desocupação potiguar foi a maior do país no primeiro e no segundo trimestre, recuou entre julho e setembro e voltou a subir, atingindo mais uma vez a liderança. Em 2015, a taxa encerrou o primeiro trimestre em 11,5% – ante 10,4% apurados no quarto trimestre do ano anterior.
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