terça-feira, 17 de setembro de 2013

MST prepara para o próximo mês marchas e ocupações em todo o País


O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) fará em outubro uma jornada pela reforma agrária com ocupações, marchas e fechamento de ruas e estradas em todo o País. Visto como um aliado do governo petista, o movimento agora pretende radicalizar. O lema da campanha é “Dilma, cadê a reforma agrária?”. O coordenador nacional do movimento, João Paulo Rodrigues, diz que, para a reforma agrária, o governo Dilma “é o pior no Brasil desde o governo Geisel”. Segundo ele, é o que menos desapropriou imóveis rurais para fazer a reforma agrária nos últimos 20 anos. Na primeira metade do mandato de Dilma, 86 áreas foram destinadas para assentamentos, segundo o MST. O movimento apresenta números para dizer que Dilma desapropriou bem menos que os antecessores.

Comparado ao mesmo período das administrações anteriores desde o governo Sarney (1985-90), o número supera só o de Fernando Collor (1990-92), que desapropriou 28 imóveis em 30 meses. Em 2008, ocorreram 243 desapropriações no País. No primeiro ano do governo Dilma foram 58 e, no ano passado, apenas 28. Em 2013, não foi registrada nenhuma até o momento, de acordo com o MST. Em 2008, havia 70 mil famílias assentadas no País. O número foi caindo. Em 2009 eram 55 mil; em 2010, 39,5 mil; em 2011, 22 mil; e no ano passado, 23,1 mil. Outro integrante da coordenação do MST, Alexandre Conceição, diz que o governo abandonou a reforma agrária e deixou de cumprir sua obrigação constitucional. Conforme o movimento, dados do Incra mostram que, atualmente, há mais de 180 milhões de hectares classificados como grande propriedade improdutiva no País.

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