segunda-feira, 7 de outubro de 2013

ABC tem provas de que não foi culpado por tumulto, diz advogado



O ABC já está agindo para evitar que o tumulto que ocorreu na entrada C do estádio Frasqueirão possa resultar em punição para o clube na série B. Nesta segunda-feira (7), jurista José Wilson, do departamento jurídico do alvinegro, confirmou que o clube já está juntando provas que eximem o ABC de culpa pelos problemas causados e que provariam que não ocorreu a suposta superlotação do estádio.

Através de nota oficial, o ABC disse que a abertura dos portões estava prevista para ocorrer às 13h30 (sócios) e 14h (demais torcedores). Contudo, de acordo com o alvinegro, o contingente da Polícia Militar chegou ao estádio por volta das 14h40 e, por isso, a PM "retardou a entrada do público e como consequência congestionou o portão de entrada da torcida do ABC".
 
 
Ainda de acordo com o clube, estava prevista a abertura de um portão extra para o acesso dos torcedores, o que não teria sido liberado pela PM por suposta falta de efetivo para garantir a revista. Com isso, houve a concentração de torcedores em frente ao estádio, na entrada C e nos acessos ao módulo 4.

Segundo José Wilson, o ABC tem como provar que não houve superlotação do estádio. "Prova disso é que não houve tumultos durante a partida e havia lugares para comportar as pessoas nas arquibancadas e cadeiras", garantiu, justificando que não foi o ABC que impediu a entrada de torcedores que estavam fora do estádio e com ingressos na mão. "Não foi o ABC que impediu a entrada dos torcedores", disse. 

Para provar que não houve a superlotação e que ABC não teve culpa pelo tumulto inicial, José Wilson garante que os registros das catracas serão utilizados caso o ABC seja citado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), assim como laudos de Bombeiros e sobre o efetivo policial no momento do problema. "Temos matérias, áudios, que comprovam que estávamos com problema para a liberação dos portões devido à falta de efetivo policial", disse.

Outro ponto citado por José Wilson é referente às gratuidades. O advogado do ABC não afirmou que o clube não tem condições de evitar a entrada de pessoas que possuem credenciais para adentrar o estádio, os chamados "caroneiros". José Wilson, no entanto, não afirmou que as gratuidades podem ter contribuído para uma suposta superlotação. "Nós não vendemos mais (ingressos) do que a capacidade. Ainda houve pequena sobra. O caronismo é que prejudica muito e não temos como prever", disse.

O ABC ainda não foi citado pelo STJD, mas, segundo José Wilson, a repercussão do fato e interesses de clubes que disputam diretamente com o ABC a permanência na série B farão com que a Justiça Desportiva analise o fato. Dependendo do artigo que o ABC seja enquadrado, o clube pode perder mando de campo, ser multado ou até atuar com portões fechados.
 
 

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