segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Deputados esvaziam partidos aliados de Rosalba e PMDB e PROS se confirmam como maiores bancadas

No papel, até que a situação da governadora Rosalba Ciarlini não é das piores. Afinal, ela ainda tem, em tese, o apoio de PMN e PR, além do próprio partido (DEM), que conta com três deputados estaduais na Assembleia Legislativa. O problema é que a perda foi considerável de aliados na última semana, prazo final para os políticos ingressarem em novos partidos com o objetivo de disputar as eleições do próximo ano. Afinal, na Casa Legislativa foram nada menos que oito mudanças no último mês. E nenhum deputado, sequer, mudou de partido para se aliar ao Governo.

Claro que a mudança mais “sentida” foi a do presidente da Assembleia, Ricardo Motta. O parlamentar deixou o PMN e se filiou ao PROS, depois de assistir uma tomada do PP pelo deputado federal Betinho Rosado, cunhado de Rosalba Ciarlini. Para completar, levou Raimundo Fernandes, Vivaldo Costa, Gilson Moura e Gustavo Carvalho. Todos ficaram “independentes” com relação ao Governo. Pelo menos de forma oficial.

Isso, porque algumas fontes ligadas aos deputados já apontam para a total insatisfação deles por consequência da ação de Betinho e, por isso, eles estariam na oposição e não “independentes”. Até porque, se não fosse Betinho, a transição dos parlamentares para o PP teria o objetivo de torná-los independentes e, apenas no próximo ano, no período eleitoral, fazê-los oposição.

De qualquer forma, no entanto, a migração para o PROS foi menor do que se cogitou, isso porque nem Kelps Lima, nem Ezequiel Ferreira mudaram de partido. Kelps, que era outro nome certo no PP, acabou indo presidir o Solidariedade no RN. Enquanto isso, Ezequiel conseguiu deixar o PTB (partido em que foi expulso da presidência no início do ano) pela Justiça Eleitoral e ficou livre para acertar com qualquer outra sigla. Escolheu o PMDB, que rompeu com o Governo do Estado e pretende lançar candidato próprio ao Executivo em 2014.

O PMDB, por sinal, é outra sigla “semelhante” ao PROS. Afinal, seus deputados tem tido uma postura de muito mais de oposição do que independência na Casa. Nélter Queiroz, por exemplo, até já defendeu o impeachment da governadora Rosalba Ciarlini, baseado na falta de trato e no desrespeito aos servidores estaduais.

O PR é outro exemplo disso. O partido, oficialmente, continua na base do Governo Rosalba, contudo, merece um “asterisco” na relação dos aliados. Afinal, há um bom tempo que a governadora tem que conviver com críticas do deputado George Soares, único do PR na Casa Legislativa após as mudanças partidárias.

MAIORES BANCADAS
Por sinal, se considerando as bancadas dos partidos, a que mais sofreu com as mudanças foram, justamente, PR e PMN, ambos da base aliada de Rosalba. Cada um deles tinha três deputados antes das mudanças. Agora, apenas 1. O PMDB, que tinha quatro, se manteve como maior bancada da Assembleia, agora com cinco parlamentares. O mesmo número, por sinal, tem o recém-criado PROS do presidente Ricardo Motta. (CM)

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