quarta-feira, 12 de março de 2014

Divulgador da Telexfree se acorrenta na Praça dos Três Poderes, no DF


Um divulgador da Telexfree faz greve de fome acorrentado ao monumento Dois Candangos, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, desde a manhã desta segunda-feira (10). O catarinese Aerci Aerri Olm é o único preso à peça, mas está acompanhado de outros dez divulgadores da empresa - parte deles do Distrito Federal, do Acre e de Goiás.

Segundo Olm, o grupo quer ser recebido pela presidente Dilma Rousseff. Os manifestantes esperam que ela possa ajudá-los a reaver o dinheiro investido na Telexfree - que está retido por decisão judicial. A empresa é investigada pelo Ministério Público do Acre (MP-AC) por suspeita de ser uma pirâmide financeira disfarçada de empresa de marketing multinível.
Desde junho de 2013, todos os pagamentos e adesões à Telexfree foram proibidas pela Justiça acreana. Na época em que foi bloqueada, a empresa já possuía mais de três milhões de usuários cadastrados no sistema.
"O nosso propósito é que a empresa tenha a liberdade de devolver nossos valores, para que seja devolvido à pessoa que investiu", disse Olm. "A partir disso, meu compromisso com as pessoas que acreditaram na minha palavra, entrando no negócio baseado na credibilidade que passei, encerra, e todo mundo tem a liberdade de seguir a vida."
O catarinense disse que os manifestantes não pedem que a empresa volte a atuar. "Se a empresa vai continuar, é mérito dela e do jurídico dela", disse. "Investi R$ 27 mil e não vi nenhum centavo."
"Entendemos que, uma vez que falarmos com o alto escalão do país, se ele não pode apontar uma solução para nós, estamos fadados a um fracasso extremo", disse Arreal. "Se ela [presidente] decidir não me ouvir até sexta-feira, já vou ter desmaiado ou ido embora para minha casa."
Em janeiro último, o divulgador passou quase 42 horas em jejum e se manteve acorrentado em frente ao Fórum Barão do Rio Branco, no Acre, até ser recebido pelo procurador-geral de Justiça Oswaldo D’Albuquerque Lima Neto e pelo ouvidor-geral, o procurador Sammy Barbosa Lopes do Ministério Público do Acre (MP-AC).
Na audiência, o procurador-geral disse que compreendia a aflição dos divulgadores e afirmou que os membros do Ministério Público possuem independência funcional. Oswaldo D’Albuquerque garantiu que todos os trâmites processuais estão sendo observados.

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