quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Deoclécio Marques tem 60 pacientes de ortopedia internados

Um dia após a Secretaria Estadual da Saúde Pública (Sesap) anunciar que conseguiu zerar a fila inicial de espera por cirurgias ortopedia, através do mutirão, o Hospital Regional Deoclécio Marques de Lucena, em Parnamirim, apresentava na manhã desta quarta-feira (9), 60 pacientes internados apenas no setor de ortopedia. A maioria, segundo a direção do Hospital, a espera de procedimento cirúrgico. Na enfermaria tinha 38 pacientes internados, 18 no corredor e quatro na clínica cirúrgica. A direção explicou que a superlotação, que começou na última sexta-feira (4), se deve pelo fato de os hospitais Memorial e Médico Cirúrgico terem suspendido as cirurgias eletivas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A diretora do Deoclécio Marques de Lucena, Elizabeth Carrasco, explicou que a maioria dos pacientes é de internação recente, desde o final de setembro, com cirurgias de alta complexidade, que não são realizadas pelo Hospital e que dependem da transferência para outras unidades. “Todos os dias têm as prioridades, idosos e crianças, e entram na frente, por isso que alguns pacientes ficam mais de um mês internados a espera de cirurgias”, afirmou. O hospital tem dois pacientes internados na ortopedia desde o mês de abril.

“Conseguimos transferir uma média de oito pacientes por dia e ainda realizamos cerca de oito cirurgias eletivas, mas a demanda é grande. Sai 15, mas entra dez. Até a sexta-feira não tínhamos pacientes nos corredores, pois o Médico Cirúrgico e o Memorial estavam dando conta e limpando os corredores, mas depois que os hospitais suspenderam o atendimento ao SUS, estamos superlotados”, afirmou. Na manhã de hoje havia mais de dez pacientes à espera de transferência, mas não havia autorização da regulação para liberar os pacientes.

De acordo com a Sesap, mais de 300 pessoas foram atendidas em apenas dois meses por meio do mutirão de cirurgias ortopédicas, conseguindo zerar a fila inicial de espera antes do prazo previsto de três meses. Iniciado em 1º de agosto deste ano, com o objetivo de desafogar as portas de urgência da rede hospitalar estadual – como os hospitais Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, Deoclécio Marques, em Parnamirim e o Regional Tarcísio Maia, em Mossoró – o mutirão recebeu o investimento por parte do Governo do Estado de R$ 400 mil, oriundos do Orçamento Geral do Estado e mais R$ 300 mil de recursos federais do Sistema Único da Saúde (SUS).

A responsável técnica pelo Complexo Estadual de Regulação e Autorização de Exames da Sesap, Maria da Saudade, explica que a iniciativa do mutirão surgiu da alta demanda nos hospitais de pacientes necessitando de cirurgia ortopédica. Como os hospitais tinham outros tipos de atendimentos para realizar, a Sesap articulou o mutirão, para acontecer num período de noventa dias, através de prestadores de serviço, como a Clínica Paulo Gurgel, Hospital Memorial e o Hospital Médico Cirúrgico.

“Com o trabalho que vem sendo realizado, o mutirão superou a quantidade esperada de pessoas atendidas. Antes havia uma fila de 279 pacientes para esse tipo de cirurgia. A resposta foi tão expressiva para a diminuição da quantidade de pessoas nos corredores dos hospitais estaduais, que a Sesap estuda agora a possibilidade de manter o serviço por mais 90 dias”, destaca Maria da Saudade.

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