quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Evangélicos de várias denominações terão fundo de pensão bilionário com dinheiro de 170 mil fiéis

Evangélicos de diferentes denominações terão, em breve, um fundo de pensão só para eles. A ideia é atrair 170 mil segurados de todas as faixas salariais, desde que tenham algum vínculo com a religião. Batizado de BemPrev, o produto deve passar a funcionar no início de 2014.

“Nossa meta é acumular um patrimônio de R$ 10 milhões no primeiro ano e evoluir para R$ 1,1 bilhão ao longo de seis anos”, explica João Rodarte, diretor-presidente da Rodarte Nogueira, empresa responsável pelo desenvolvimento técnico do fundo.

Se a previsão de Rodarte se confirmar, o BemPrev poderá ser o maior fundo de pensão do País em número de participantes ativos. Atualmente, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) divulgados em junho, o fundo com maior número de participantes ativos é o Postalis (dos funcionários dos Correios), com 112.275 pessoas. Em seguida vem a Previ (ligado aos funcionários do Banco do Brasil), o maior do País em recursos administrados e o segundo em participantes ativos, com 101.531 associados.

A partir de R$ 50 por mês, qualquer fiel ou pastor ligado à igreja poderá planejar sua aposentadoria por meio do plano de previdência complementar fechado, que cobrará taxa de administração de 1% sobre o patrimônio acumulado, e será isento de custo de carregamento.

“Queremos estender o plano ao trabalhador de baixa renda, e não apenas os que recebem acima do teto, como ocorre em outros produtos de previdência fechada”, afirma Rodarte.

A meta de reunir 170 mil participantes soa ousada. Mas o número corresponde a apenas 0,4% do total de evangélicos no País – que somava 42,3 milhões de pessoas, ou 22,2% da população, segundo o ultimo Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2010. O IBGE registrou um aumento de 61% no número de evangélicos entre 2000 e 2010.

Criado pela Ordem dos Ministros Evangélicos no Brasil e no Exterior, o fundo ainda está em fase de captação de parceiros e aguarda autorização da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), vinculada ao Ministério da Previdência, para começar a operar. A autarquia tem 35 dias para avaliar a documentação apresentada pelos gestores na última sexta-feira (4). Nesse período, a Previc poderá pedir informações e modificações a BemPrev e terá outros 35 dias para dar a palavra final. A previsão é que a aprovação ocorra até janeiro, que a operação comece em março de 2014 e encerre seu primeiro ano com 12 mil associados.

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