terça-feira, 24 de setembro de 2013

Prevista para dezembro, entrega de reforma da Maternidade Leide Morais pode ser antecipada

Mesmo ainda em obras, o cenário da Maternidade Professor Leide Morais, localizada no bairro de Nossa Senhora da Apresentação, na zona Norte de Natal, já é bem diferente de meses anteriores. Cerca de 70% do piso já foi trocado, as paredes mofadas já estão sendo tratadas e a reforma da parte central da cobertura já foi concluída. O atendimento na Maternidade foi suspenso desde o dia 13 de junho para a reforma da cobertura e a troca do piso, danificados por infiltrações e alagamentos causados pelas chuvas. Algumas salas da unidade estavam com parte do teto comprometido, com risco de desabar. Devido aos inúmeros problemas apresentados pela Maternidade, o número de leito em utilização caiu. Dos 35 leitos, apenas 13 estavam sendo utilizados.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a reforma da Maternidade Leide Morais está adiantada. O diretor de infraestrutura da pasta, Leonardo Rodrigues, afirmou que o prazo para o término das obras é dezembro, porém, no final de outubro parte do prédio pode ser entregue, o que proporciona o retorno dos atendimentos.

“Por enquanto estamos no cronograma e trabalhamos com a expectativa de entregar em dezembro ou até mesmo diminuir o prazo pra outubro”, garantiu Leonardo Rodrigues. As obras de reforma da Leide Morais estão sendo executadas pela Faço Construções, empresa ganhadora da licitação. O custo é de aproximadamente R$ 500 mil, mas pode chegar a R$ 800 mil. A SMS, segundo Cipriano Maia, também vai adquirir novos equipamentos e uma nova mobília para a maternidade.

A unidade está interditada desde 13 de junho por não ter condições de promover atendimento às pacientes. A estrutura era tomada pelo mofo e os problemas de infiltração eram visíveis. A reestruturação começou a ser feita em julho. Por isso, hoje o mofo deu lugar à poeira dos materiais de construção e as paredes ganham aos poucos cara nova com as pinturas recentes. Quase todo o prédio conta com um novo piso e a cobertura está no processo final de substituição. Segundo Leonardo Rodrigues, a estrutura já está no processo de acabamento.

Falta trocar o piso apenas da área de Pronto Atendimento, onde funcionam os setores de mamografia, ultrassonografia, sala de vacina, farmácia, almoxarifado e duas enfermarias, além do centro cirúrgico, que requer um piso especial. A cobertura falta completar apenas a parte externa. A expectativa é que até o início de outubro esse trabalho seja concluído. O funcionário da Maternidade, João Santos, conta que as chuvas que caíram nos últimos dias foi um teste, pois a área em que a cobertura foi feita não houve infiltrações.

Em algumas enfermarias, o gesso rachou ou caiu por causa das infiltrações e também precisará ser trocado. “Onde as infiltrações comprometeram o gesso, esse será trocado e colocado um nosso gesso”, disse João Santos. Pelo menos, quatro salas estavam interditas por problemas no gesso.

A Maternidade Leide Morais enfrentou problemas logo no começo das atividades. Inaugurada no dia 23 de dezembro de 2008, a unidade ficou sem energia elétrica nos primeiros meses por causa de problemas com os geradores. A administração da maternidade também assumiu que havia deficiências de recursos humanos, principalmente na área de pediatra-neonatologia e anestesistas.

Problemas estruturais também eram recorrentes na unidade. Menos de um ano depois de ser aberta, a maternidade já apresentava os mesmos problemas que apresenta até o mês de junho: infiltrações e alagamentos. Em junho de 2009, o teto da cozinha cedeu. Em 11 de dezembro de 2011, a unidade teve que suspender o atendimento por falta de água. Para racionar a pouca água que ainda restava, os profissionais tiveram que limitar até o uso do banheiro. Além de paralisações por conta de problemas físicos, os trabalhadores paralisaram os serviços diversas vezes.

Em dezembro de 2011, os funcionários do hospital deflagraram greve pelo atraso no pagamento das gratificações. Após 10 meses, houve nova paralisação. Na época, outras maternidades da rede municipal também paralisaram.

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