quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Autoescolas devem usar simuladores


O prazo limite para que os centros de formação de condutores se adequem quanto aos simuladores, nova tecnologia que será integrada à formação teórica dos aprendizes, é dezembro. Segundo a subcoordenadora da Controladoria Regional de Trânsito, Márcia Marques, anteontem o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) fixou efetivamente o dia 1º de janeiro de 2014 como sendo a data para o equipamento começar a ser usado dentro das autoescolas de todo o país.

 O Conselho Nacional de Trânsito (Contran), através da Resolução 444/13, estendeu até o dia 31 de dezembro de 2013 a obrigatoriedade do uso dos simuladores de direção veicular para os candidatos que pretendem tirar Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na categoria B. O mês de julho havia sido o primeiro prazo, mas as autoescolas alegaram não ter tido tempo suficiente para a adequação.

O Contran esclarece que o projeto de uso dos simuladores de direção veicular na formação do condutor é irrevogável, entretanto, sua implantação deve  considerar a realidade dos CFCs de todos os estados, além do Distrito Federal. A simulação deverá ser ministrada, em cinco aulas para cada aprendiz, em equipamentos homologados pelo Denatran. A  fiscalização será de responsabilidade dos Detrans. Segundo Márcia Marques, a ideia é fazer o aluno ter a chance de praticar antes das aulas práticas.

O instrutor de trânsito, o diretor de ensino, ou o diretor geral do CFC são aqueles que deverão acompanhar e supervisionar de perto cada candidato. O detalhe é que o equipamento provavelmente vai poder ter o seu uso compartilhado por uma ou mais autoescolas. Uma portaria referente a isso deve ser publicada pelo Denatran.

O ex-presidente do Sindicato dos Centros de Formação de Condutores (CFCs) do Estado do RN, Haroldo Lima, já pensa na dor de cabeça que a categoria terá quando os simuladores forem instalados. Um dos maiores problemas é o custo, pois cada equipamento deverá pesar R$ 40 mil nos bolsos de quem o adquirir. O tempo é curto e as autoescolas já lutam contra o relógio para se adequarem às normas, mas  negociações ainda estão em curso para definir como o sistema será implantado.

Outra despesa é a estrutura que os CFCs terão de disponibilizar. Segundo Lima, na autoescola deverá ter uma sala climatizada com ao menos 15 metros quadrados de área. Um custo a mais, visto que grande parte dos 48 centros de Natal, por exemplo, não possui uma estrutura assim. “É muito difícil para nossa categoria desembolsar tudo isso, por isso temos de negociar a melhor forma possível pra a gente. A melhor alternativa é compartilharmos esse investimento, que é o que diz a portaria que deve sair daqui a alguns dias”, afirmou Haroldo Lima.

Sem os 6.293 repetentes na fila, espera seria menor, diz Detran

Sem os 6.293 repetentes, a fila de espera seria bem menor, segundo a subcoordenadora da Controladoria Regional de Trânsito, Márcia Marques. Mas mesmo assim, ela considera a demanda dentro do esperado. “É normal. O problema é que tem reprovados, que voltam para a fila e ela não anda”, afirmou.

“Acredito que até dezembro tenhamos terminado; no interior mesmo já controlamos a situação”, avaliou. Em junho deste ano foram 6.871 exames, média que se mantém. Ainda de acordo com o setor de estatística do Detran, de janeiro a agosto de 2013, apenas Natal já contava com 22.957 novos condutores - 2.870 a mais por mês.

O diretor da CFC Classe A e ex-presidente do Sindicato dos CFCs do Estado do RN, Haroldo Lima, diz que “a demanda aumenta e o quadro de funcionários do Detran ficou restrito. É preciso considerar que o aluno é formado pela autoescola, mas passa pelo Detran, na avaliação dos peritos e nos testes. Não podemos responsabilizar só um”, defendeu.

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