quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Luiz Almir afirma que fim do voto secreto já era lei desde 2001

A Câmara Municipal de Natal aprovou nesta terça-feira (24) o fim do voto secreto para todas as votações no plenário da Casa. Mas, o que nem mesmo os vereadores sabiam, era que a decisão já havia sido tomada em maio de 2001. Nem mesmo o autor do projeto, na época, lembrava da medida. Luiz Almir (PV) foi avisado pelo colega de plenário, George Câmara (PC do B), que havia proposto a mesma decisão tomada ontem há mais de 10 anos.

O parlamentar disse que a lei foi publicada no Diário Oficial do Município no dia 31 de maio de 2001. Na época, George foi o responsável por sugerir uma pequena mudança na lei, por isso foi procurar nos arquivos da Câmara a decisão tomada e, ontem, “reforçada”, pelo projeto do vereador Sandro Pimentel (Psol).

“Fui eleito e depois reeleito para a Assembleia e esse projeto ficou na gaveta. George lembrou porque na época havia incluído algo, pedido vistas. Mas, para não criar problemas agora, resolvemos votar a favor de mais esta iniciativa, que vem para tornar a Câmara ainda mais transparente”, disse Luiz Almir.

O fim do voto secreto entre os vereadores de Natal segue, de certa forma, uma tendência nacional. A Câmara dos Deputados já analisa a matéria e ampla maioria dos parlamentares é favorável à iniciativa. O mesmo acontece no Senado Federal. A ideia é aumentar a pressão em cima dos políticos em decisões tomadas como no caso da manutenção do mandato do deputado Natan Donadon, condenado e preso, mas ainda no exercício da função.

Luiz Almir fez questão de acrescentar ainda ser favorável a outros dois polêmicos e importantes projetos em tramitação no Legislativo. O vereador defende a unificação da bilhetagem eletrônica no transporte público, antiga reivindicação dos permissionários de alternativos, e também do empréstimo solicitado pela Prefeitura de Natal junto a Caixa Econômica Federal. Os recursos serão utilizados para viabilizar as obras de mobilidade urbana da Copa do Mundo de 2014. O empréstimo deve ser votado esta tarde, enquanto a bilhetagem também pode ser apreciada nos próximos dias.


“Reduzir férias não é problema para mim porque trabalho todos os dias”
O vereador Luiz Almir também respondeu as críticas dos que lhe colocam como um dos contrários ao projeto de redução das férias dos vereadores. Segundo a matéria, prestes a ser analisada na Câmara Municipal, em vez de 90 dias de recesso, os parlamentares terão direito apenas a 45 dias de descanso, sendo 15 no meio do ano e outros 30 no final de cada temporada. A proposta também é do vereador Sandro Pimentel.

“Para mim tanto faz as férias ser de 30, 45 ou 90 dias. Reduzir férias não é problema porque trabalho todos os dias. Se não tiver Câmara, terei que continuar acordando às 5 horas da manhã para apresentar meu programa de rádio e terei que ir a TV no início da tarde. Eu não tiro férias”, disse Luiz Almir.

O parlamentar explica que sua participação em veículos de comunicação servem como uma espécie de prestação de contas do mandato, além de ser um canal para sugerir soluções e cobrar respostas do poder público para problemas da sociedade. “Eu vou votar conforme a decisão da maioria, porque para mim é indiferente ser de 90 ou 45 dias”, finalizou.

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